domingo, 28 de junho de 2009
E aí Turma !!!
Para refletir...
O analfabeto político
(Bertolt Brecht)
O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala.
Não participa dos acontecimentos políticos
Ele não sabe que o custo de vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel,
Do sapato e do remédio
Depende das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro
Que se orgulha e estufa o peito
Dizendo que odeia a política.
Não sabe que de sua ignorância
Nasce a prostituta,
O menor abandonado, o assaltante
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista, pilantra,
O corrupto e o explorador
Das empresas nacionais
E multinacionais.
Formas de participação na vida política nacional*
Não devemos pensar que fazer política tem a ver apenas com elaboração de leis. Este é um aspecto importante, mas representa apenas uma das formas de participação na vida política nacional. Inclusive as leis elaboradas, sena na câmara de vereadores, sena nas câmaras de deputados estaduais, distrital ou federal, podem ter origem em ampla mobilização de diferentes seguimentos sociais.
Fazemos política quando, de alguma forma, procuramos intervir para mudar a ordem das coisas tal como se apresentam. Essa intervenção pode ser, por exemplo, para reorganizar a coleta de lixo em nossa casa, rua ou quadra. Diferentes campanhas de mobilização podem, a partir da escola, do governo ou de Organizações Não-Governamentais (ONGS), exigir a discussão entre aqueles que estão mais próximos de nossa casa para a adoção ou não das mudanças anunciadas.
A participação pode, também, ser realizada em organismos sociais criados com estie fim, tais como associações de moradores, grêmios estudantis, conselhos paritários ou em sua forma mais conhecida: o partido político. Se você retomar a leitura do texto de Brecht, poderá entender a importância de fazer opção por agir ou não.
A escolha do partido político, por exemplo, deve expressar a consciência de que suas ações contribuem parta a construção de um certo modelo de sociedade. Há os que querem que ela permaneça como está, que se conserve tal qual está, por isso dizemos que essas são pessoas conservadoras, q e que, aliás, gostariam inclusive que alguns direitos alcançados fossem revistos para uma caracterização anterior. Outros desejam ir além e trabalhar para a construção de uma outra sociedade onde todos possam ser considerados gente e tratados como tal. Qual é a nossa escolha?
*texto extraído da cartilha "Voto adolescente, uma conquista cidadã"
A participação dos jovens*
A participação dos jovens na política nacional não foi uma concessão de lideranças modernas, supostamente mais democráticas. Assim, como a participação dos negros, da mulher, do analfabeto e de outros segmentos da sociedade que somente em épocas mais recentes conseguiram assegurar o direito ao coto, essa conquista foi fruto de grandes mobilizações dos/as jovens na vida política, é pelo que isso representa de novo em nossa sociedade.
Mesmo entre os jovens, a presença desse fato novo – o direito ao voto – é, ainda, incompreensível, e tem resultado em uma grande ausência dos jovens no exercício de seus direitos. Como acessar direitos sociais se os desconhecem? Como, então, exercê-los se não conseguem visualizá-los?
Os intelectuais, os professores, os movimentos culturais e as mais diferentes organizações sociais que discutem e propõem a ampliação da participação social no processo de tomada de decisão na política nacional, certamente contribuíram para assegurar o direito ao voto do adolescente. Porém, para sua efetivação e para que essa participação se transforme em ações com qualidade social, é necessário que os jovens assumam para si o significado mais amplo do voto: a ação no presente como forma de transformar o futuro.
*texto extraído da cartilha "Voto adolescente, uma conquista cidadã".